27/10/2009


Eu nunca imaginei que houvesse no mundo


Um amor desse jeito

Do tipo que quando se tem não se sabe

Se cabe no peito



Mas eu posso dizer que sei o que é ter

Um amor de verdade

E um amor assim eu sei que é pra sempre

É pra eternidade

Roberto Carlos

Eu e a Chuva


Entre gotas de chuva
Chove dentro de mim
Pedras de gelo
Com o olhar perdido
A chuva antes contida
Dentro de mim
Torna-se tempestade incontrolavel
Insana
O descontrole me mostra nua e humana
Com olhos em chuva
Nem sei a quanto tempo
Ela sempre esteve dentro de meus olhos
E agora se esvai , em tempestade
Mostrando o quão fragio sou diante dela
A chuva dentro mim
Ou eu dentro da chuva

25/10/2009

Da Felicidade

DA FELICIDADE


Quantas vezes a gente,em busca da ventura,

Procede tal e qual o avozinho infeliz:

Em vão,por toda parte,os óculos procura

Tendo-os na ponta do nariz!

Mário Quintana

23/10/2009

Sobre o livro "Chuva da Manhã"

Bom criei este blog no sentido de falar um pouco sobre o "Chuva da Manhã".

Hoje vou escrever sobre os personagens do livro e algumas caracteristicas basicas de cada um deles:

Sara Chandler-É a protagonista de toda a hitoria, é super delicada, de olhar cor de ambar, adora chuva, principalmente caminhar durante uma, sedutora na sua simplicidade, frgil, delicada, é uma mulher solitaria mas muito pratica.

Marcus Macedo- É um policial, diga-se de passagem um dos melhores policiais de sua cidade, de fisico escultural, um lindo homem uniformizado, com um instinto superprotetor.

Laura- é um misterio, e capaz de qualquer coisa, fria , calculista e extremamente inteligente, uma vilã como poucas.

Joana Anderson- Policial tranferida da cidade grande, o verdadeiro motivo de sua tranferencia ninguem sabe, mas é uma policial unica, com habiliades incriveis para uma mulher, o que intimida todos os homens.

Jorge - Apaixonado e de coração despedaçado, nunca desiste por seu amor por Sara , apesar de saber que entre ambos á um precipicio, mas é grato por ser um amigo proximo e se satisfaz com esse pouco.

Baltazar- Chefe de Marcus, exigente, rigido e inquestionavel.

Ana - Telefonista e recepcioista da pequena delegacia, esta sempre a par das noticias policiais, e ajuda da forma que pode.

Bom esse são personagens , depois vou postar um breve resumo da minha singela hitoria.

16/10/2009

Soneto da Soneto de Intimidade

Soneto de Intimidade


Nas tardes da fazenda há muito azul demais.
Eu saio às vezes, sigo pelo pasto agora
Mastigando um capim, o peito nu de fora
No pijama irreal de há três anos atrás.

Desço o rio no vau dos pequenos canais
Para ir beber na fonte a água fria e sonora
E se encontro no mato o rubro de uma amora
Vou cuspindo-lhe o sangue em torno dos currais.

Fico ali respirando o cheiro bom do estrume
Entre as vacas e os bois que me olham sem ciúme
E quando por acaso uma mijada ferve

Seguida de um olhar não sem malícia e verve
Nós todos, animais sem comoção nenhuma
Mijamos em comum numa festa de espuma.

Vinicius de Moraes

Soneto da Separação

Soneto da Separação


De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Vinicius de Moraes Nota

Quatro Sonetos de Meditação - IV

QUATRO SONETOS DE MEDITAÇÃO - IV


Apavorado acordo, em treva. O luar
É como o espectro do meu sonho em mim
E sem destino, e louco, sou o mar
Patético, sonâmbulo e sem fim.

Desço na noite, envolto em sono; e os braços
Como ímãs, atraio o firmamento
Enquanto os bruxos, velhos e devassos
Assoviam de mim na voz do vento.

Sou o mar! sou o mar! meu corpo informe
Sem dimensão e sem razão me leva
Para o silêncio onde o Silêncio dorme

Enorme. E como o mar denro da treva
Num constante arremesso largo e aflito
Eu me espedaço em vão contra o infinito.

Vinicius de Moraes

Quatro Sonetos de Meditação - III

QUATRO SONETOS DE MEDITAÇÃO - III


O efêmero. Ora, um pássaro no vale
Cantou por um momento, outrora, mas
O vale escuta ainda envolto em paz
Para que a voz do pássaro não cale.

E uma fonte futura, hoje primária
No seio da montanha, irromperá
Fatal, da pedra ardente, e levará
À voz a melodia necessária.

O efêmero. E mais tarde, quando antigas
Se fizerem as flores, e as cantigas
A uma nova emoção morrerem, cedo

Quem conhecer o vale e o seu segredo
Nem sequer pensará na fonte, a sós...
Porém o vale há de escutar a voz.

Vinicius de Moraes

Quatro Sonetos de Meditação - II

QUATRO SONETOS DE MEDITAÇÃO - II


Uma mulher me ama. Se eu me fosse
Talvez ela sentisse o desalento
Da árvore jovem que não ouve o vento
Inconstante e fiel, tardio e doce
Na sua tarde em flor. Uma mulher
Me ama como a chama ama o silêncio
E o seu amor vitorioso vence
O desejo da morte que me quer.

Uma mulher me ama. Quando o escuro
Do crepúsculo mórbido e maduro
Me leva a face ao gênio dos espelhos

E eu, moço, busco em vão meus olhos velhos
Vindos de ver a morte em mim divina:
Uma mulher me ama e me ilumina.

Vinicius de Moraes

Quatro Sonetos de Meditação - 1

QUATRO SONETOS DE MEDITAÇÃO - I


Mas o instante passou. A carne nova
Sente a primeira fibra enrijecer
E o seu sonho infinito de morrer
Passa a caber no berço de uma cova.

Outra carne virá. A primavera
É carne, o amor é seiva eterna e forte
Quando o ser que viveu unir-se à morte
No mundo uma criança nascerá.

Importará jamais por quê? Adiante
O poema é translúcido, e distante
A palavra que vem do pensamento

Sem saudade. Não ter contentamento.
Ser simples como o grão de poesia
E íntimo como a melancolia.



Vinicius de Moraes

Soneto do Amor Total


Amo-te tanto meu amor... não cante

O humano coração com mais verdade...

Amo-te como amigo e como amante

Numa sempre diversa realidade.



Amo-te afim, de um calmo amor prestante

E te amo além, presente na saudade.

Amo-te, enfim, com grande liberdade

Dentro da eternidade e a cada instante.



Amo-te como um bicho, simplesmente

De um amor sem mistério e sem virtude

Com um desejo maciço e permanente.



E de te amar assim, muito e amiúde

É que um dia em teu corpo de repente

Hei de morrer de amar mais do que pude.



Vinicius de Moraes

14/10/2009

O amor faz-nos viver no futuro quando se é novo,

 no passado quando se é velho;
e no céu durante um dia.


Condessa Diane

12/10/2009

Primavera

Primavera
                                                        


E sabia que havia sempre uma primavera,
como sabia que o rio voltaria a correr depois de conjelado,
 quando as chuvas frias chegaram a mataram a primavera,
 era tambem um jovem que morria sem motivo algum.

Ernest Heninway

08/10/2009


Em tempos distantes, onde o amor era uma moeda de valor.
Onde a vida valia mais que algumas moedas de ouro.
Quando sentimentos verdadeiros eram valorizados.
Quando o "Eu ti amo", não dito como se fala um "obrigado"
Em dias longos
E por de sol pintado a mão
Com caminhas pela chuva sem nenhuma preocupação
Qunado os dedos se entrelasavam distraidos e despercebidos.
Nesse momento em que o vento traria ao meu oufato o cheiro da terra molhada
E mostrando a pureza e simplicidade de se estar vivo.
Foi quando despertei de meu sonho...

K-leia

Quero


Quero que todos os dias do ano

todos os dias da vida

de meia em meia hora

de 5 em 5 minutos

me digas: Eu te amo

 
Carlos Drumond de Andrade

07/10/2009


Ser feliz é encontrar força no perdão, esperanças nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros. É agradecer a Deus a cada minuto pelo milagre da vida.


Fernando Pessoa

04/10/2009

Memorias



Amar o perdido deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.

Carlos Drummond de Andrade

02/10/2009



"Nascemos para morrermos um dia de cada vez , ate chegar o ultimo dia"



                    K-leia

01/10/2009

Entre cortinas


A respiração era impassivel
Meu doce amor que me leve ao céu
Dançando entre continas
Na escuridão dá me um beijo
Onde o que nos separa é uma fina cortina na escuridão
Dá me um beijo
Enquanto o vento ti leva e ti traz pela escuridão da noite
Meu doce amor
De doces beijos
Entra em meu quarto
E como o vento acaricia minha face, sussura em meus ouvidos
E tua boca perdura enquanto toca a minha por entre cotinas
Quando tua presença se dissolve na escuridão
Deixando somente um beijo quente em minha boca
E o calor em meu coração.

Benedictus Dominus Deus nosterqui dedit nobis signum.